Como é realizado o diagnóstico de Esclerose Múltipla (EM)? São realizados exames complementares (de laboratório ou de imagem) ou o diagnóstico se baseia apenas nos sintomas? Continue lendo esse artigo para responder suas dúvidas sobre o assunto.
A doença é diagnosticada, tratada e acompanhada por um Neurologista.
Hoje, não existe um teste laboratorial ou de imagem específico para detectar Esclerose Múltipla. O que existe são critérios diagnósticos que permitem documentar a existência da doença.
Em geral, o diagnóstico de Esclerose Múltipla requer a documentação de dois ou mais episódios (surtos) de sintomas de EM e dois ou mais sinais que refletem a doença em tratos de substância branca do Sistema Nervoso Central (SNC) não-contíguos anatomicamente.
A frase é complicada, mas é basicamente a presença desses critérios que indicam a existência da Esclerose Múltipla.
Ao fim do artigo, se você tiver interesse, deixo os critérios diagnósticos completos da EM para consulta.
Ressonância Nuclear Magnética (RNM): esse exame revolucionou a forma como o diagnóstico e acompanhamento da Esclerose Múltipla é realizado. Anormalidades características da doença são encontradas em mais de 95{2bcd453d7311fcd5d3fd79b4f06f2b23457405190b55b88de47449b7ddf1e563} dos pacientes.
Além disso, mais de 90{2bcd453d7311fcd5d3fd79b4f06f2b23457405190b55b88de47449b7ddf1e563} das lesões encontradas na ressonância não vêm acompanhadas de sintomas. Isso permite o diagnóstico de um surto mesmo sem a presença de sintomas ou alterações no exame físico.
Avaliação do Líquor: a punção lombar e avaliação do líquor (Líquido Cerebroespinhal) é capaz de detectar as chamadas bandas oligoclonais, características da doença, além da presença de IgG, um tipo característico de anticorpo presente nos portadores de EM.
Agora que você já sabe como é realizado o diagnóstico da doença, continue lendo sobre EM nas páginas a seguir, ou veja os critérios diagnósticos completos mais abaixo.
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[titulo]Seu guia sobre Esclerose Múltipla[/titulo]
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Para ser caracterizado como um episódio ou surto, os sintomas devem durar mais de 24 horas e ocorrer em episódios distintos, separados por um mês ou mais.
Algumas pessoas terão o episódio corretamente classificado com sintomas, mas apenas um sinal que reflete a doença. Nesses casos, uma Ressonância Magnética (RNM) pode detectar a presença de lesões em locais assintomáticos, fechando o diagnóstico da doença.
Se você deseja saber os critérios diagnósticos completos para Esclerose Múltipla, veja a tabela abaixo. Apesar de extensa, deixo como referência para quem tiver interesse:
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