Quem é afetado(a) pela Esclerose Múltipla?

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Vamos continuar nossos estudos sobre a Esclerose Múltipla. Agora que você já sabe o que é a Esclerose Múltipla, é preciso entender quem costuma ser afetado pela doença, ou seja, a epidemiologia da Esclerose Múltipla.

Mulheres são mais afetadas que homens

A doença chega a ser 3 vezes mais comum em mulheres do que em homens. Quando o assunto são doenças autoimunes, essa costuma ser a regra: esse tipo de doença é mais comum em mulheres, com algumas poucas exceções (como é o caso da Espondilite Anquilosante, uma doença mais comum nos homens).

Os sintomas costumam surgir, na maioria dos casos, entre os 20 e os 40 anos de idade, mas a doença pode se apresentar em qualquer época da vida.

A Esclerose Múltipla é mais comum em regiões mais frias

Nas regiões do planeta de maior latitude, ou seja, mais longe da linha do Equador. Nessas regiões de clima temperado, a Esclerose Múltipla surge com mais frequência. Isso parece estar relacionado com a quantidade de radiação ultravioleta B que chega até nossa pele, necessária para a produção da vitamina D.

Nas regiões temperadas, como por exemplo o norte da América do Norte e da Europa, assim como o sul da Austrália, a prevalência de Esclerose Múltipla é de 0,1 a 0,2{2bcd453d7311fcd5d3fd79b4f06f2b23457405190b55b88de47449b7ddf1e563}. Já nas regiões tropicais (como é o caso de parte do Brasil, da África equatorial e da Ásia), a Esclerose Múltipla chega a ser 10 a 20 vezes menos comum.

O número de casos de Esclerose Múltipla vem crescendo

Nos últimos 50 anos, os casos de Esclerose Múltipla presentes na população (prevalência) vêm crescendo constantemente e de maneira dramática. Ainda não se sabe exatamente quais as causas disso, mas estima-se que as mudanças ambientais e de comportamento que temos sofrido nos últimos anos podem ter relação com esse aumento.

Fatores de Risco para Esclerose Múltipla

Hoje, sabemos que alguns fatores aumentam as chances de desenvolvimento da Esclerose Múltipla. Vale lembrar que não são causas da doença (as causas ainda são desconhecidas), mas sim fatores que estão correlacionados com um aumento da frequência da doença. São eles:

  • Deficiência de Vitamina D;
  • Exposição ao vírus Epstein-Barr (EBV);
  • Tabagismo.

No caso do cigarro, parece que os pulmões são a principal região do corpo onde os linfócitos T que irão atacar a bainha de mielina são ativados. E como os produtos do tabaco aumentam a inflamação na região, podem contribuir com o surgimento da doença.

Outro fator de risco que vem sendo pesquisado é o excesso de consumo de sódio na dieta, que também parece ter relação com a ativação de linfócitos T autorreativos, o que explicaria pelo menos parte do aumento da prevalência de Esclerose Múltipla nas últimas décadas.

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Referências:

  1. FAUCI, Anthony S. et al. Harrison’s principles of internal medicine. 19th ed. New York: Mcgraw-hill, 2015.

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