Ontem (14/02/2013), os resultados de um estudo chamado EARLYSTIM, feito na Alemanha e publicado no New England Journal of Medicine, trazem novidades em relação ao tratamento da Doença de Parkinson com a Neuroestimulação (um processo de estímulo cerebral profundo, por meio de eletrodos que ativam as vias de neurônios que estão em deficiência nessa doença).
Hoje, já sabemos que a Neuroestimulação Subtalâmica reduz a incapacidade motora e melhora a qualidade de vida dos pacientes com Doença de Parkinson em estágio avançado, já em uso do medicamento Levodopa, o principal medicamento usado hoje para tratamento dos sintomas motores do Parkinson.
Segundo os achados dos cientistas, a Neuroestimulação pode ser útil não só na fase tardia da Doença de Parkinson, como também logo no seu início. O Dr. Gunther Deuschl e seus colegas, da Universidade Christian Albrechts em Kiel na Alemanha, sugerem que a neuroestimulação “pode ser uma opção terapêutica para pacientes em um estágio mais inicial do que as recomendações atuais sugerem”.
Ainda, os autores citam que a neuroestimulação em combinação com a terapia medicamentosa pode “aliviar os sintomas motores melhor do que a terapia medicamentosa sozinha na fase inicial da doença”.
A terapia de Neuroestimulação é considerada o tratamento mais avançado para a Doença de Parkinson atualmente. No Brasil, é uma tecnologia ainda muito pouco difundida e usada principalmente para pesquisas científicas.
O aparelho usado para Neuroestimulação é similar a um marca-passo, implantado no peito do paciente e que envia sinais estimulatórios elétricos usando eletrodos, para áreas específicas do cérebro. No caso do Parkinson, esses estímulos chegam até aos neurônios dopaminérgicos que estão diminuídos na doença.
Fonte: http://www.medscape.com/viewarticle/779416/
Artigo do Estudo: http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1205158