Significa temperatura corporal acima da faixa da normalidade. Causada por distúrbios no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que influenciam os centros termorreguladores. A regulação da temperatura requer um equilíbrio entre produção e perda de calor; na febre, este ponto está elevado, sendo que a produção de calor não é inibida, mas a dissipação do calor é ampliada. A febre aumenta a velocidade de todos os processos metabólicos. SÍNDROME FEBRIL: a febre não é um sinal, e sim faz parte de uma síndrome, que inclui outros sintomas e sinais, como: astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipnéia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírio, confusão mental e até convulsões.
Pirógenos exógenos levam a liberação de pirógenos endógenos (IL-1, IL-6, FNT, alfa1 interferon, e IL-2). Estes passam para o sistema nervoso central, estimulando a liberação de ácido araquidônico e a síntese de prostaglandinas, que irão atuar no hipotálamo, desencadeando a reação febril.
1. Início – súbito ou gradual. No primeiro caso, se a febre acompanhar outros sinais, fazendo parte da síndrome febril, sendo comum, também, a sensação de calafrio.
2. Intensidade – com referencia à temperatura axilar, temos: febre leve ou febrícula (até 37,5oC), febre moderada (de 37,5 a 38,5oC), e febre alta ou elevada (acima de 38,5oC)
3. Duração – tem-se procurado dividir entre febre de origem indeterminada e febre prolongada, porém não chegou-se a um consenso quanto ao tempo mínimo de duração para fazer tal distinção. Doenças que causam febre prolongada (acima de 14 dias, mais ou menos): tuberculose, malária, septicemia, endocardite infecciosa, linfomas, pielonefrite, febre tifoide.
4. Evolução – dependendo da análise do quadro térmico, pode ser:
pode ser conceituado em crise ou lise. No primeiro, a febre desaparece subitamente; no segundo, a hipertermia vai desaparecendo gradualmente.
Existem três causas: (1) por aumento da produção de calor, como no hipertireoidismo; (2) por bloqueio da perda de calor, como na ICC e na ausência de glândulas sudoríparas; e (3) por lesão em tecidos.
1. Doenças do Sistema Nervoso – quase sempre há febre depois de lesão cerebral. AVC (febre leve a moderada à 37,5oC a 38,5oC); Hipertermia Neurogênica (pode ser grave); e Lesão Medular ( lesões inferiores causam diminuição da temperatura corporal, lesões superiores apresentam febre elevada).
2. Neoplasias Malignas – quase sempre causam febre. No carcinoma broncogênico pode ser resultado de infecção associada; no hipernefroma do fígado, a febre é prolongada; nos linfomas, a febre é constante; e na leucemia aguda, também é constante.
3. Doenças Infeciosas e Parasitárias – infecções viróticas, bacterianas e por protozoários e nos processos inflamatórios de fundo imunoalérgico.
4. Medicamentosa – ansiolíticos, diuréticos e anticonvulsivos podem gerar febre baixa ou alta.
5. Origem Indeterminada – apresentam temperatura corporal superior à 38,3oC por um período de, pelo menos, 14 dias. Pode ter padrão diverso e ser causado por infecções, neoplasias ou doenças hematológicas.
6. Hipertermia Maligna – síndrome hipermetabólica de causa desconhecida deflagrada em indivíduos suscetíveis por anestésicos gerais, relaxantes musculares e pelo estresse
Associada a condições que diminuem a produção de calor ou aumentam a sua perda e corresponde a diminuição da temperatura corporal abaixo de 35,5oC na região axilar. Pode ser leve (32 a 35oC), moderada (30 a 32oC) ou grave (abaixo de 30oC)
JEAN PIERRE disse:
GOSTEI MUITO, TINHA DÚVIDAS SOBRE A FEBRE REMITENTE, AGORA NÃO TENHO MAIS.
Tiyoko disse:
Muito legal! Estudo Medicina na FURG, super legal o conteúdo! 🙂