O número de pessoas com Diabetes aumenta cada vez mais, principalmente em países em desenvolvimento (como o Brasil). Isso acontece principalmente devido ao crescimento e envelhecimento da população, à urbanização, à obesidade e ao sedentarismo, e ao aumento da expectativa de vida dos pacientes portadores de Diabetes. Nesse artigo, você fica sabendo dos fatos mais importantes relacionado à Diabetes e passa a entender esse conjunto de doenças, tão comum atualmente.
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Nada melhor do que começar explicando a Diabetes pelas informações mais básicas. A Diabetes, na realidade, não é apenas uma única doença: trata-se de um conjunto de distúrbios do metabolismo (reações bioquímicas e processos físicos e químicos que acontecem dentro de nosso corpo). Tais distúrbios têm como característica principal o que chamamos de hiperglicemia, que nada mais é do que o excesso de açúcar no sangue.
Isso ocorre pela deficiência (total ou parcial) da Insulina, um hormônio produzido pelo nosso pâncreas. A insulina em nosso corpo, tem o papel importante de retirar o açúcar de nosso sangue e entregá-lo para nossas células, para estas utilizarem tal açúcar como energia, a fim de desempenhar suas funções no funcionamento de nosso organismo. É dessa forma que, ao comermos um pão, por exemplo, conseguimos fazer com que nossas células aproveitem a energia que esse pão tem a nos oferecer, após ele ser processado pelo nosso sistema digestório.
A Diabetes pode ser causada pela produção baixa de insulina ou pelo o que chamamos de resistência à insulina (as células de nosso corpo não conseguem “aproveitar” corretamente a insulina liberada pelo nosso pâncreas), ou por ambos os problemas em simultâneo.
A Diabetes é classificada em diferentes formas, de acordo com a causa e evolução da doença, sendo 3 os tipos principais: a Diabetes Melito Tipo 1, a Diabetes Melito Tipo 2 e a Diabetes Gestacional.
É também chamada de Diabetes Insulino-Dependente. O portador desse distúrbio produz pouquíssima ou nenhuma insulina e, por isso, depende de doses diárias de insulina em forma de injeção. Pode aparecer em qualquer fase da vida, sendo mais comum o diagnóstico durante a infância, adolescência ou em adultos jovens.
Essa Diabetes surge por conta de um processo autoimune, que surge quando nossos anticorpos, que deveriam proteger nosso corpo e atacar apenas invasores externos (como vírus, fungos e bactérias), passam a atacar especificamente as nossas células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, as chamadas células Beta-pancreáticas.
A mais comum das Diabetes, sendo responsável por até 90{2bcd453d7311fcd5d3fd79b4f06f2b23457405190b55b88de47449b7ddf1e563} de todos os casos. Costuma aparecer em adultos a partir dos 40 anos de idade e, na grande maioria dos casos, o portador tem maus hábitos de vida, principalmente o excesso de peso e o sedentarismo.
Geralmente é mais branda do que a Diabetes Melito Tipo 1, e se o paciente melhorar seus hábitos de vida e seguir as dicas dos nutricionistas e médicos, pode nunca precisar de injeções de insulina diárias, e controlar sua Diabetes apenas com sua rotina.
Aparece durante a gravidez sendo que, antes dela ou no início, a portadora tinha seus níveis de açúcar no sangue (glicemia) normais. Costuma desaparecer após o termino da gestação. Porém, estudos mostram que, caso a mãe tenha tido Diabetes Gestacional em algum momento de sua vida, as chances de essa Diabetes voltar ao longo da vida (em forma de Diabetes Melito Tipo 2) são muito maiores.
Sua causa é principalmente o fator hormonal: hormônios produzidos pela placenta têm ação contrária à insulina, aumentando a resistência insulínica e diminuindo sua produção pelo pâncreas.
Além desses 3 tipos principais de Diabetes, existem causas especiais da doença, tais como: uso de medicamentos (Tiazídicos, Fenitóina, Corticóides e outros), defeitos genéticos, doenças do pâncreas (traumas, infecções, pancreatites, cirurgias, carcinomas, fibroses e hemocromatose), endocrinopatias (acromegalia, síndrome de Cushing, Feocromocitomas e Hipertireoidismo) e Infecções (Caxumba, Citomegalovírus e outros).
Grande parte dos casos de Diabetes são diagnosticados em exames de rotina e, assim, são assintomáticos. Essa é a melhor forma de diagnosticar a Diabetes já que, encontrando a doença mais cedo, podemos evitar as complicações.
Quando a doença já atinge a fase sintomática, podemos perceber:
O organismo também pode ficar mais predisposto a contrair infecções como a Candidíase.
O diagnóstico de Diabetes é feito por meio de 3 exames simples, porém definitivos para descobrir a doença: a Glicemia de Jejum, o Teste de Tolerância à Glicose e a Glicemia Casual.
Os níveis normais da glicemia de jejum são abaixo de 100 mg/dL. Esse exame é feito com o paciente em jejum, pela manhã, com uma simples coleta de sangue. O teste de tolerância é a melhor forma de diagnosticar a Diabetes. Nele, é administrado ao paciente 75 gramas de glicose e o teste da glicemia é feito 2 horas após tal administração. Já o teste da glicemia casual é o menos utilizado. Nele, é apenas coletado sangue do paciente em qualquer fase do dia, independente de refeições.
A confirmação de Diabetes é feita caso qualquer um dos 3 resultados abaixo seja encontrado, sozinhos ou em conjunto:
Algumas pessoas podem, ainda, ser diagnosticadas como portadoras do que chamamos de “pré-diabetes”. Esse é o caso de pacientes com a glicemia de jejum alterada ou com a tolerância à glicose diminuída. Os valores dos exames não estão tão alterados, mas também não estão totalmente normais. Nessa fase, é muito importante mudar os hábitos de vida para evitar ou postergar o aparecimento da Diabetes, evitando os vários fatores de risco envolvidos.
Outros exames complementares também podem ser utilizados tanto para auxiliar no diagnóstico da doença, como para acompanhar a evolução do tratamento. São exemplos: o teste da Hemoglobina Glicada, medição de níveis de Insulina, Peptídeo C, glucagon, hormônio do crescimento (GH) e perfil lipídico.
São eles: a obesidade, o sedentarismo (falta da prática de exercícios físicos regularmente), hipertensão, altos níveis de colesterol e triglicerídeos, estresse emocional. Além disso, idade superior a 40 anos (risco para Diabetes Melito Tipo 2) e presença de fatores genéticos na família (pais ou avós diagnosticados como portadores de Diabetes).
Primeiro de tudo, um bom médico procurará excluir possíveis causas secundárias de um paciente diagnosticado com Diabetes, tais como uso de medicamentos, estresse emocional, doenças do pâncreas, endocrinopatias, infecções e vários outros fatores já citados como possíveis desencadeadores de formas especiais da Diabetes.
No caso da Diabetes Melito Tipo 1, o paciente é dependente de Insulina durante todo seu período de vida. A Insulina é injetada por meio de agulhas muito pequenas e finas, praticamente indolores, no tecido subcutâneo (logo abaixo da pele), principalmente na barriga. O controle desse tipo de Diabetes é muito importante, já que seu portador, caso descompense a Diabetes, pode sofrer sérias complicações, inclusive o coma e morte.
Leia também: Tipos de Insulina
Já a Diabetes Melito Tipo 2 requer um tratamento mais brando, podendo ser controlada por medicamentos via oral (tais como a Metformina e a Glibenclamida), juntamente com uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos.
Uma boa alimentação e a saída do sedentarismo podem melhorar não apenas a Diabetes (podendo o paciente portador de Diabetes Tipo 2 até mesmo cortar os remédios), mas traz uma qualidade de vida muito maior, evitando diversas outras doenças além da Diabetes, como Aterosclerose, Hipertensão e outras Doenças Cardiovasculares.
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Enir Soares de Souza Junior disse:
Jovem Promissor Alan Niemies
Sem querer li e fiquei muito feliz com sua competência e prestatividade em informar neste site.
Parabéns por sua iniciativa. Certamente ajudará muitas pessoas, mas será muito benéfico para você, pessoa de bem. Deus é contigo. Muito obrigado e novamente parabéns.
Enir Junior
Juliana Madeu Defaveri disse:
Minha filha tem uma mancha como caraça no pescoço, sempre me preocupei, agora lendo sua reportagem, gostaria de saber que tipo de medico ou exames para mais informações , Obrigada Deus guarda.
Alan Niemies disse:
Olá, Juliana. Você pode procurar um clínico geral ou um endocrinologista para melhor avaliar a sua filha.
Espero ter ajudado e boa sorte!