Curva Glicêmica e Insulinêmica: valores de referência e interpretação

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Uma das combinações de exames mais importantes e interessantes no diagnóstico e avaliação da Diabetes é a dosagem, em conjunto, da Glicemia e Insulinemia (níveis de Insulina no sangue), exame este chamado de Curva Glicêmica e Insulinêmica, também conhecida por curva Glicoinsulinêmica. Neste artigo, vamos falar mais sobre a importância de se realizar essas duas dosagens ao mesmo tempo e que valiosas informações esse tipo de exame laboratorial pode nos fornecer.

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Navegue pelos tópicos deste artigo:

  1. O que é a Curva Glicêmica?
  2. O que é a Curva Insulinêmica?
  3. Qual é o papel da Insulina na Glicemia?
  4. Valores de Referência
  5. Curva Insulinêmica: Interpretação

O que é a Curva Glicêmica?

Nós já abordamos a Curva Glicêmica ou TOTG em um artigo completo.

A Curva Glicêmica, também conhecida por Teste Oral de Tolerância à Glicose, é um exame onde será dada uma quantidade padrão (75 gramas) de glicose em forma de dextrose para o paciente ingerir, via oral, antes de se iniciar o exame.

Então, será medido os níveis de açúcar no sangue (glicemia) durante o jejum, 1 hora e 2 horas após a ingestão dessa carga de glicose. Com esses dados, podemos fazer uma curva dos níveis sanguíneos de glicose em relação ao tempo.

Esse importante exame nos fornece dados concretos sobre como o nosso corpo está reagindo à ingestão de glicose. Um indivíduo normal deve ter uma elevação não muito acentuada do açúcar no sangue 1 e 2 horas após a ingesta. Para avaliar isso, temos valores de referência para o diagnóstico de Diabetes em adultos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses são os valores considerados dentro do normal para a Curva Glicêmica, após 2h do teste:

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O que é a Curva Insulinêmica?

Entendendo o que é a Curva Glicêmica, fica fácil entender do que se trata a Curva Insulinêmica ou Curva Insulínica: nada mais é do que a avaliação dos níveis de Insulina também nesses três momentos: no jejum, 1 hora e 2 horas após a sobrecarga de glicose.

A Curva Insulinêmica é muito importante na avaliação de suspeita de Diabetes ou para verificar a resposta a um tratamento específico. No caso do Diabetes Tipo 2, existe um aumento dos níveis de Insulina juntamente com a Glicose.

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Qual é o papel da Insulina na Glicemia?

A Insulina tem diversas ações nas várias células do nosso corpo. Porém, sua principal atividade é retirar a glicose que encontra-se no sangue após a absorção pela alimentação e carregá-la para dentro das células, para que essas possam utilizá-la como energia.

Agora, você pode estar se perguntando: “se a Insulina reduz o açúcar no sangue, porque ela está aumentada junto com a Glicemia no Diabetes Tipo 2?

Isso acontece porque no Diabetes Tipo 2 existe a chamada resistência insulínica: por conta de uma série de fatores (sendo os principais o excesso de peso e a falta de atividade física – sedentarismo), as células do nosso corpo (principalmente os músculos e o fígado) “fecham as portas” para a ação da Insulina.

É como se as portas das células se fechassem para a entrada de mais glicose, simplesmente porque “pensam” que já têm energia o suficiente dentro delas.

Leia também: Tipos de Insulina no tratamento da Diabetes

Curva Glicêmica e Insulinêmica: valores de referência

No caso da Curva Glicêmica, na Diabetes ela vai ultrapassar os valores citados acima. Já os valores de referência para a Curva Insulínica são as citadas abaixo:

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Curva Insulinêmica: interpretação

Valores de Insulinemia acima do normal podem indicar resistência insulínica. Isso significa que a Insulina não consegue carregar o açúcar para dentro das células corretamente e, por isso, o Pâncreas tenta compensar esse problema secretando um excesso de Insulina. As condições associadas com resistência insulínica incluem:

  • Diabetes Mellitus Tipo 2 (exceto fase avançada, quando o Pâncreas já não consegue mais secretar Insulina);
  • Obesidade;
  • Acromegalia;
  • Síndrome de Cushing;
  • Uso de medicamentos esteroides como corticoides;
  • Mutações genéticas do receptor de Insulina.

Em alguns casos, o excesso de Insulina também pode ser causado por um tumor secretor de Insulina: são os chamados Insulinomas.

Doenças de fígado ou de coração avançadas podem diminuir a excreção de Insulina e também causar níveis elevados no sangue.

Níveis reduzidos de Insulina podem indicar condições onde há diminuição da produção do hormônio:

  • Diabetes Mellitus Tipo 1;
  • Pancreatite crônica;
  • Destruição autoimune das ilhotas pancreáticas;
  • Pacientes que foram submetidos a Pancreatectomia.

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