Quando seu(a) médico(a) ausculta seu coração com o estetoscópio, ele escuta dois sons: estes sons são chamados de sístole e diástole.
Na sístole, o seu coração contrai para impulsionar sangue para fora dos ventrículos. O ventrículo direito irá bombear sangue para os pulmões e o ventrículo esquerdo, muito maior e mais forte, irá bombear sangue para a sua artéria aorta, que então distribuirá esse sangue para todo o resto do seu corpo.
Já a diástole é a fase de relaxamento do coração. Isso é necessário para que o sangue que foi previamente bombeado possa retornar aos átrios e então passar para os ventrículos, para ser ejetado novamente na próxima sístole.
Imagine o seu coração como uma bomba de água acoplada em uma mangueira, em um circuito fechado. Toda vez que a bomba empurra água para a mangueira, essa mangueira irá ter uma determinada pressão em sua parede, causada pela força desempenhada pela bomba! Com o seu coração, é a mesma coisa: toda vez que seu ventrículo esquerdo está ejetando sangue na aorta, ele faz isso com uma determinada pressão ou força.
E, na diástole, essa pressão ou força adicional desempenhada pela contração do ventrículo esquerdo não existe mais! A pressão que resta é uma pressão residual, que é a mesma em todas as artérias do seu corpo, enquanto o coração está em fase de relaxamento ou diástole.
Na hora em que um(a) médico(a) ou enfermeiro(a) afere (mede) a sua pressão com o aparelho de pressão (chamado de esfigmomanômetro), ele(a) irá encontrar duas pressões. No caso da pressão que chamamos de 120/80 mmHg (ou “12 por 8”), a pressão 120 mmHg (ou “12”) significa sua pressão sistólica, ou seja, aquela quando o coração está contraindo e ejetando sangue para a artéria aorta. Enquanto isso, a pressão 80 mmHg (ou simplesmente “8”) é a sua pressão diastólica, que expressa a pressão nas artérias quando o coração está relaxado.
mmHg = milímetros de mercúrio